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Ronnie Lessa Pode Ser Mais Um Delator Do Caso Marielle Franco
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Fatos revelados em delação por Élcio Queiroz, também suspeito do crime, abriram a possibilidade de acordo para Lessa.
- Por Anderson Santos
- 25/07/2023 21h56 - Atualizado há 1 ano
A revelação de informações pelo ex-policial militar Élcio de Queiroz, suspeito do atentado que vitimou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018, abriu novas possibilidades no caso.
Agora, existe a chance de que Ronnie Lessa, também detido desde 2019, esteja disposto a celebrar um acordo de delação com a Polícia Federal (PF) para fornecer detalhes adicionais sobre o crime.
De acordo com fontes, a delação de Queiroz trouxe indícios contundentes, o que criou um ambiente favorável para que Lessa também considere colaborar com as investigações. Já se sabia que ele tinha interesse em fazer uma delação, mas com os novos elementos apresentados por Élcio, a pressão aumentou.
Nesse cenário, se o acordo se concretizar, espera-se que ele siga o mesmo rigor da delação de Élcio Queiroz, exigindo que Lessa apresente informações substanciais sobre os possíveis mandantes do crime que chocou o país.
A PF e o Ministério Público (MP) estarão atentos a qualquer contribuição relevante que possa esclarecer os responsáveis pela morte de Marielle e Anderson.
Delação De Élcio
Trechos da delação premiada de Élcio de Queiroz, efetuada em abril deste ano e já homologada pela Justiça, foram revelados nesta segunda-feira (24).
No depoimento, Queiroz assumiu ser o condutor do veículo usado no ataque que resultou na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele também acusou Ronnie Lessa de ser o autor dos disparos que tiraram a vida da vereadora e de seu motorista.
Élcio Queiroz fez revelações impactantes sobre o caso Marielle Franco — Foto: Reprodução
Além disso, Élcio de Queiroz mencionou Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, um ex-bombeiro, como um dos envolvidos na emboscada.
No entanto, Suel teria sido substituído por Queiroz no dia do crime. Ambos foram presos na mesma operação de investigação, denominada Élpis.
Na delação, Queiroz forneceu detalhes sobre o planejamento e a execução do assassinato. A força-tarefa que investiga o caso corroborou as declarações do ex-policial militar com base em um conjunto de provas.